Fonte: G1
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 12,3 milhões de pessoas, influenciada pelo aumento da procura por emprego e pelo corte de postos de trabalho nos setores de construção, administração pública e serviços domésticos, segundo divulgou nesta terça-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento, na comparação com o trimestre terminado em novembro (11,2%), interrompeu dois trimestres seguidos de quedas significativas no desemprego. A taxa, porém, é inferior a registrada no mesmo período do ano passado (12,4%). No trimestre encerrado em janeiro, o desemprego ficou em 11,2%, atingindo 11,9 milhões de brasileiros. O IBGE, no entanto, só considera comparáveis os resultados de um mesmo trimestre e de três meses de intervalo. Os dados do IBGE mostram que o desemprego aumentou no país antes do início das medidas restritivas e de isolamento impostas no país para tentar frear a propagação do coronavírus.
Segundo o IBGE, o número de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrar na semana de referência da pesquisa – aumentou em 479 mil em relação ao trimestre encerrado em novembro, mas caiu em 711 mil na comparação com 1 ano atrás. Já a população ocupada somou 93,7 milhões, o que representa uma redução de 0,7% em relação ao trimestre anterior (706 mil pessoas a menos). Frente ao mesmo trimestre do ano interior, porém, houve alta de 2% (mais 1,8 milhão de pessoas).
- Não tínhamos visto essa reversão em janeiro, no entanto, ela veio agora no mês de fevereiro, provocada por uma queda na quantidade de pessoas ocupadas e um aumento na procura por trabalho – avaliou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
O resultado veio dentro do esperado. A leitura foi idêntica à mediana das projeções de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, com intervalo de estimativas de 11,4% e 11,9%.