Por Alan Caldas (Florença - Itália)
Berço de Renascimento, capital da Itália de 1865 a 1871 e agora Capital do Toscana, Florença é um diamante da cultura e você aqui respira mais arte do que oxigênio.
Andando por aqui se pode ver a casa de monstros sagrados como Dante Alighieri, a de Boccaccio, a de Brunelleschi, a de Lorenzo De’Medici, a de Leonardo Da Vinci, a de Michelangelo Buonarroti, a de Donatello, a de Botticelli, a de Niccolo Maquiavel... E por aí segue a lista.
É incrível. Tantos tão mundialmente importantes num tão pequeno pedacinho de terra como este centro histórico de Florença. Parece até bruxaria.
A área tem 4 distritos com cores predominantes em cada um. Até nisso é incrível.
O de Santa Maria Novella é de cor vermelha. San Giovanni, de cor verde. Santa Cruz é azul. E Espírito Santo é caracterizado pelo branco.
Fora dos pincéis, formões e telas, os cidadãos daqui se orgulham do futebol florentino.
É uma mistura de futebol e rúgbi e eles afirmam que foi o precursor do futebol, pois foi jogado pela primeira vez em 1530, durante o cerco de Florença.
O Centro Histórico é área ZTL, Zona de Tráfego Limitado para veículos. Só entra carro de morador. Se outro entrar é multa.
Outra curiosidade é que aqui na Oficina de Perfumes Farmacêuticos está a farmácia mais antiga da Europa.
Lugares que são incríveis:
A Catedral com sua Cúpula.
O Batistério de San Giovanni.
A Piazza della Signoria.
O Palazzo Vecchio,
A Uffizi Gallery repleta de obras de Giotto, Botticelli, Raphael, Leonardo Da Vinci, Michelangelo e Caravaggio.
A Ponte Vecchio, suas lojas típicas e pôr do sol com artistas de rua, populares ou clássicos.
Florença tem historinhas também. Uma é sobre Michelangelo, que às vezes era “refém” de alguém para o qual devia dinheiro e que era alguém tedioso, de fala longa e chata.
Um dia, enquanto um desses falava, Michelangelo foi esculpindo o rosto dele com as mãos atrás das costas. Esse monumento eles chamam de “Impróprio”, e é a homenagem à ‘chiachera’, em italiano, ou ao blá, blá, blá, como dizemos nós.
Outra historinha é a cabeça petrificada do bispo. Ele condenou à fogueira um cientista e enquanto o pobre passava em frente à igreja o bispo gritou da janela para a multidão não dar água para ele. O cientista amaldiçoou o bispo, dizendo: “Você nunca vai sair do inferno”. E imediatamente a cabeça do bispo ficou petrificada. Está lá. Acredite ou não.
Tem aqui, também, o curioso relógio que gira no sentido anti-horário, onde a meia-noite marca o pôr do sol.