Por Alan Caldas (De Roma)
Na manhã de domingo, 23, assistimos uma Missa na Basílica de Santa Maria Maggiore, no Vaticano.
Essa basílica existe desde o ano 431, quando um Concílio reconheceu Maria como mãe de Jesus.
É uma das 4 basílicas “maggiores”, maiores. Uma das 7 igrejas de peregrinação e a maior igreja mariana de Roma.
Para entrar ali, mulheres cobrem pernas e colo, e a igreja distribui gratuitamente tecidos para isso. Homens tiram chapéu e boné.
O prédio é imenso. O pé direito altíssimo é repleto de obras de arte, esculturas enormes em mármore com cores deslumbrantes e afrescos que datam de séculos e milênios.
Os mosaicos da nave e do arco triunfal são pedras angulares na representação da Virgem.
Mostram cenas da Vida de Maria e da Vida de Cristo. Reproduzem cenas do Antigo Testamento, como Moisés abrindo o mar Vermelho e homens do Faraó se afogando.
É impressionante . . .
A música vinda do órgão preenche o espaço, cortejada por notas ora altas ora baixas do canto de um afinadíssimo coral mariano, que sonora e lindamente acompanha a celebração.
Há padres em diversas línguas para confissões antes e durante as missas.
Milhares confessam.
Milhares comungam.
Reina ali um clima espiritual profundo e silencioso. Algo que jamais senti antes.
É algo invisível mas sensível, que está ali, que sinto no fundo de mim, mas que não consigo explicar.
Quando finda a celebração, vamos todos ao pátio. Milhares já estão lá.
Ao meio-dia em ponto, o Papa Francisco aparece sorrindo na janela da residência dele.
Acena para o povo, que retribui com aplausos em imensa alegria.
Olho para o céu. Gaivotas sobrevoam a multidão. Parecem pequenos anjos alados que ao ver o Papa voam em grande barulho e felicidade, protegendo o templo e os fiéis que ali estão.
O Papa Francisco faz linda homilia. Pede paz ao mundo. Saúda delegações de diversos países que vieram aqui no domingo, 23 de junho de 2024. Prega o amor entre os seres todos. A proteção da vida no planeta. E, abençoando a todos, agradece as dezenas de milhares de pessoas, 60 ou 70 mil, que lotam a praça da Santa Sé.
Foi lindo isso. Impactante.
Esse Papa é muito querido. É simpático. É sorridente. E é sobretudo um ser humano amoroso.