Prof. Lúcio Afonso Habistzreuter* – Comunidade Católica
Talvez seja engraçado refletir sobre o título posto acima, mas cada leitor tira suas conclusões e acredita que algo profundo tenha a nos dizer: o distraído na pedra tropeça; o homem bruto usou a pedra como arma; o empreendedor usou ela na construção; o camponês fez dela seu assento; Michelangelo fez dela belas esculturas; Davi com a pedra matou o gigante;
Para ressuscitar Lázaro, Jesus ordenou a retirada da pedra; no túmulo de Jesus a pedra estava removida na chegada dos apóstolos; a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.
Por que será que se tornou angular, isto é, a partir dela foi erguida o muro, a casa? Deus sabe do potencial de cada ser humano, só que nós pouco sabemos do potencial do nosso próximo. Quantas pessoas excluídas da nossa sociedade são pedras que também tem seu valor?
Observe que a diferença não está na pedra que continua a mesma, na sua função e matéria, mas na atitude das pessoas. Cada dificuldade que encontramos no dia a dia são as pedras da vida e precisam ser deslocadas para o lado com cuidado para seguirmos na caminhada. Se por um lado podemos usar a pedra para destruir, machucar, por outro lado a mesma pedra serve para transformar-se em uma escultura, construir a casa que abriga a família, incluir os excluídos na sociedade.
Que Deus nos dê sabedoria para encontrar o melhor caminho e, se ali houverem pedras, que saibamos contornar cada uma delas. Essa é nossa missão. Saber que enfrentamos problemas e dificuldades mas, ao mesmo tempo, transformamos tudo isso em vitórias e alegrias.
* Pastoral da Educação da Paróquia São Miguel