Por Alan Caldas (Editor)
Nestor Kuhn nasceu em 24 de fevereiro de 1957, no hospital de São Leopoldo, mas seus pais, Albano Kuhn e Nelcy Fleck Kuhn, eram moradores de Santa Maria do Herval. Nestor teve 3 irmãos, a Sueli, o Roberto e a Rosane. Viveu uma infância feliz no Teewald, indo com os pais todo domingo na missa e nas festas de igrejas e bailes de kerb que ocorriam na pequena comunidade.
O matricularam na escola Cônego Afonso Scherer e ele fez ali o ensino Primário. A seguir veio para o colégio Imaculada Conceição cursar o Ginásio e no primeiro ano morou como interno da escola. Então foi para o colégio Virgílio Cortese, em Sapiranga, e fez Contabilidade. Em 1975 entrou no curso de Relações Públicas, na Feevale, mas em 1978 trancou o curso e fez vestibular para Direito, na Unisinos, enfrentando 29 candidatos por vaga. Entrou e cursou dois anos, mas retornou à Feevale e formou-se em Relações Públicas em 1983.
Na juventude Nestor jogava futebol como ponta direita ou centroavante. Jogou no SCB Herval. Depois no Vila Rosa, disputando o Amador. Dali foi para o 15 de Novembro, time pelo qual certa vez jogou no estádio Olímpico. E, após, jogou pelo 7 de Setembro e teve, também, a chance de jogar no estádio Beira-rio. Entre os 13 e os 17 anos igualmente jogava futsal, na quadra da Santa Cecília, pelo Palmeiras, time que ficou invicto por um ano e no qual entre outros amigos jogavam Ernani Petry, Enio Führ, Ademir Schneider e o Paulo da farmácia Hamburguesa.
Seu pai o levava desde jovem nas caçadas de perdiz em são Gabriel, Bagé, Dom Pedrito e São Borja. Iam 6 ou 7 vezes no ano, e Nestor tem grandes lembranças do pai naquelas caçadas. Mais tarde, já adulto, aos 42 anos, Nestor iniciou no tênis, que pratica até hoje no clube 7 de Setembro.
Quando moravam em Santa Maria do Herval, o pai do Nestor negociava carros, e ele lembra que o primeiro que dirigiu foi um Jeep, quando tinha apenas 8 anos de idade. Recorda de ter de ficar meio que em pé no Jeep, pois mal e mal enxergava por cima da direção. E aos 10 anos, sorri ele, lembrando da infância feliz, “eu já tinha dirigido tudo que é tipo de carro”.
Quando chegou em Dois Irmãos e completou 13 anos, Nestor começou a trabalhar. Seu primeiro emprego foi na Malharia Petrônia Backes. Aos 15 anos ele foi trabalhar no Unibanco, em Novo Hamburgo. E, aos 16 anos, trabalhou na Scharlau, no Atacado Seger, onde calculava preços e conferia estoques. Mas foi em 1974 que Nestor iniciou no que seria seu destino profissional.
Entrou como funcionário na Imobiliária Encosta da Serra, que era do seu pai, Albano Kuhn, e dos sócios Antônio Nelson Schneider, Paulo Dilly e do advogado Zorzo, de Porto Alegre, que era quem tinha o CRECI. Ali Nestor deu seus primeiros passos na profissão que seria sua razão de viver.
Em 1º de outubro de 1978, Nestor associou-se ao pai e fundaram a Imobiliária Dois Irmãos, com o CRECI 578. Em seguida Nestor fez curso de Corretor e recebeu seu CRECI, sob o número 4968. A imobiliária foi pensada para ter loteamentos, construções de casas, intermediações e locações. No início trabalhavam o Nestor e o pai, e mais à frente entrou como funcionário Ernesto Meurer, que foi depois substituído pelo seu irmão Armando Meurer, que ficou por um longo tempo na empresa.
A Imobiliária trabalha com uma equipe de 7 pessoas. E, para alegria do Nestor, o filho Matheus, que está na empresa desde os 15 anos de idade, hoje assume plenamente a condução da empresa, tanto em projetos quanto em obras e na parte fiscal e financeira.
No mesmo ano, 1978, em que surgiu a imobiliária Dois Irmãos, a empresa adquiriu uma área de terras para um loteamento com 300 terrenos, que criaria um bairro inteiro, a Vila Kuhn, que hoje chama-se Bela Vista, e cuja data de aprovação foi em 18 de dezembro de 1979. O início, diz Nestor, foi de trabalho intenso, “e durante os 8 primeiros anos trabalhávamos todos os dias da semana, sábados e domingos inclusive”.
De lá para cá Nestor e a Imobiliária Dois Irmãos construíram centenas de casas, vários prédios e intermediaram outra centena de negócios. E os loteamentos foram se sucedendo, sendo 17 até agora. Iniciou com o Bela Vista e, na sequência, vieram o Loteamento Central, o loteamento Santa Maria do Herval, o loteamento Vale Novo, Vale Novo II, o loteamento Portal da Serra, o loteamento CNK, o loteamento Rosenhof, o Rosenhof I e o Rosenhof II, o loteamento Edelweiss, o loteamento Blumenhof e o Blumenhof I, o loteamento Berghof I e Berghof II, o loteamento Blumenberg e o Blumenberg II.
Além desses, Nestor tem vários outros aguardando aprovação. E, no curso desses loteamentos, a imobiliária já entregou ao município de Dois Irmãos 56.360 m2 de área de preservação, 102.865m2 de área verde e 30.902 m2 de áreas institucionais para o fim de o município usar na construção de creches, praças e escolas. E também entregou à Dois Irmãos 130 mil metros quadrados de ruas pavimentadas, perfazendo um total de aproximadamente 330 mil m2 de área. “E sempre com infraestrutura completa”, diz Nestor, lembrando que cada loteamento tem água, luz, esgoto, iluminação pública, calçamento e arborização dos passeios, sempre procurando dar qualidade de vida melhor aos moradores da cidade. “Além disso”, diz Nestor, “pensando no futuro de Dois Irmãos nós doamos para a comunidade duas áreas de preservação, em frente a Prefeitura, uma com 4.620 m2 e a outra com 5.090 m2”.
Em 1987 Nestor estava com 30 anos de idade e seguia solteiro. Mas noite foi na Boate Baccarat, em São Leopoldo, e uma amiga lhe apresentou uma linda jovem de Gramado, a Ana, e foi conexão imediata. Começaram a namorar naquela mesma noite. Casaram em Dois Irmãos, no dia 21 de outubro de 1989, e têm dois filhos: O Matheus, que está com 32 anos, é arquiteto e trabalha com o pai, e a Júlia, de 30 anos, formada em Design e que é igualmente empresária. E, ao falar da família, Nestor se ilumina e diz, feliz da vida, que está esperando “para este final de semana” a chegada do João Fernando, seu primeiro neto, filho do Matheus.
Nestor está com 66 anos de idade. Tem 1,78 de altura, pesa 68 quilos e calça 41. É organizado. Dorme 6 horas por dia e tem sono levíssimo. Sonha na vida real, quando está acordado, e sua criatividade desperta nas horas em que faz planejamentos que se transformam em realidade. Joga tênis 3 vezes por semana. Não caminha nem faz academia, e sua alimentação é macrobiótica por indicação médica, num combate que trava contra a artrite.
Tem lindas recordações da infância quando aos 10 anos ele e amigos atravessavam nadando a barragem do Herval. Gosta de música alemã. Na cozinha se sai bem num arroz carreteiro. E sua bebida é o vinho. Pescou especialmente em São Borja. Não joga cartas, apenas canastra com a esposa ou amigos. Se dá “razoavelmente bem” com a tecnologia. E é comunitário, apoia o voluntariado “porque a cidade somos todos nós”, diz ele.
Nestor diz que o importante para quem vai seguir essa profissão é “jamais prometer o que não pode cumprir”. Para ele, essa é a prioridade, e deve ser seguida de muita força de vontade e um desejo enorme de querer e conseguir fazer.
Nestor se define como um homem de família, de amigos e de trabalho. Para ele, o futuro de Dois Irmãos dependerá de se organizar o município para um crescimento ordenado e que não afete drasticamente o meio ambiente. “As novas gerações precisam encontrar em Dois Irmãos um ambiente saudável onde aplicar sua criatividade e preparo. “Pessoalmente, tentei sempre fazer um mundo melhor”, diz Nestor, “e espero que cada geração faça o seu melhor em favor da nossa cidade”.