Por Alan Caldas (Editor)
Como jornalistas, cuidamos da cidade e a vemos em todos os seus setores. E se tem algo que se pode ter certeza sobre a cidade de Dois Irmãos é que, onde quer que se olhe nos diversos setores da economia local, sempre se vê a presença forte e firme de mulheres espetaculares. As vezes elas são mais visíveis. Outras vezes menos visíveis. Mas são sempre presentes no desenvolvimento econômico. E sempre fortes. Sempre indispensáveis na construção da grandeza. E Ana Kasper, nossa biografada de hoje, é sem dúvida um desses pilares fortes do universo feminino na economia do nosso adorável município.
Ana Carolina Berlitz Kasper nasceu na madrugada de 6 de novembro de 1969, no Hospital São José, em Dois Irmãos. Filha de Rosinha Catharina Berlitz e Cláudio Berlitz, ela tem apenas duas irmãs: Anelise e Ester Berlitz.
O pai tinha 26 anos quando Ana nasceu e faleceu aos 76 anos. Nascido no bairro Travessão, era agricultor. A mãe tinha 25 anos quando teve a Ana e era igualmente agricultora, mas hoje está aposentada.
Os avós paternos eram agricultores e moravam no bairro Travessão. O avô João Aloysio Berlitz faleceu com 70 anos e deixou muita saudade. A neta conta que foi ele quem lhe ensinou muito sobre religião. A avó Carolina Frida Lehnen Berlitz faleceu aos 91 anos.
Vida familiar e pessoal
Ana começou a namorar com 14 anos e não ia muito a bailes antes disso, mas quando ia, dançava bastante. Seus pais não eram muito liberais, mas logo gostaram do namorado apresentado à família e que virou marido.
Ana casou com Marino Kasper em 26 de maio de 1989, em um dia muito frio e chuvoso. A celebração religiosa ocorreu na Igreja Matriz de Dois Irmãos, feita pelo padre Luiz Pedro Wagner. Marino nasceu em São José do Herval e é proprietário da revenda de veículos da família, a Kasper Veículos. Ambos trabalham juntos.
Ana conta que viu Marino pela primeira vez em um baile. E o amor tem formas estranhas de se apresentar ao coração. Ele estava acompanhado de uma prima dela e o achou muito brincalhão, pois ele estava usando a tiara da prima. Aquela primeira imagem e o sorriso dele não lhe saiu mais da mente. Nem do coração. Depois eles se encontraram na fábrica de calçados Wirth, onde ambos trabalhavam, e então começaram a se conhecer melhor para em seguida começar a namorar. Quando Ana tinha 19 anos, se casaram.
O casal tem dois filhos, Renan Kasper e Rafael Kasper, e ambos trabalham na revenda de carros da família.
No tempo livre Ana gosta de passear e viajar, mas curte ficar em casa também, usufruindo bons momentos com sua família, lendo seus livros preferidos, principalmente os que são baseados em fatos reais, biográficos, ou ouvindo música internacional, sertanejo e MPB. Ela só não gosta de funk e rock pesado. Sua cantora preferida é Tina Turner. Ana ama filmes, em especial Cavalo de Guerra, e teve uma grande e linda surpresa quando assistiu em Londres um teatro sobre a obra que ela mais adora em filme.
Ana já viajou para muitos lugares. E diz que cada destino foi especial, por ter suas singularidades e oferecer experiências únicas. Entre os destinos internacionais estão a Alemanha, Inglaterra, Irlanda, México (Cancún) e Estados Unidos (Nova York, Miami e Orlando).
Para manter a saúde e o bem-estar, Ana faz pilates duas vezes por semana e intercala com outros dois dias por semana, quando vai na academia fazer musculação.
Parte de seu tempo também é dedicado a causas sociais. É uma mulher benemérita. Ajuda a Apae, a Liga de Combate ao Câncer de Dois Irmãos, o Lions, e também participa de eventos beneficentes. Para ela, essa colaboração é muito importante, pois quando há união por uma causa é muito mais fácil enfrentar obstáculos e proporcionar melhor qualidade de vida à comunidade.
Dedicada, Ana cuidou com muito carinho dos seus avós e dos seus pais. Ela gosta de ser prática em suas tarefas e decisões diárias, resolvendo tudo rapidamente, sem depender de ninguém.
Para o futuro, ela vislumbra muito trabalho e tem a esperança de que o mundo se transforme em um lugar melhor.
Sobre os antepassados
Os avós maternos de Ana também eram agricultores e moravam no bairro Vale Esquerdo, em Dos Irmãos. O avô Bruno Schmitt faleceu com 83 anos, e a avó Anna Paulina Schmitt, faleceu aos 62 anos.
Ana teve cinco tios paternos e seis pelo lado materno. E se recorda dos encontros familiares principalmente da família do pai, para celebrar o aniversário de sua avó.
As brincadeiras de infância tinham a participação de primos, vizinhos e irmãs e quando se reuniam, brincavam de esconde-esconde, de jogar bola, de ovo podre e pega-pega. Era criançada correndo para todos os lados, lembra Ana.
Outra lembrança dessa fase, é que às vezes podia comprar uma cuquinha, o “veckia” que o padeiro da Padaria Brasil de Novo Hamburgo levava para vender na escola Mário Sperb. Ana lembra que os alunos estavam na escola e quando ouviam a buzina do carro do padeiro vindo, ninguém mais estudava, só esperando a chegada.
Estudo e Trabalho
Ana começou a estudar com 7 anos, na escola Mário Sperb, e só falava alemão. Para ela, a segunda semana de aula foi mais assustadora, pois uma outra professora, mais brava, passou a dar aulas para substituir a professora Irmgard, que era uma professora muito querida. Mas felizmente a substituta ficou só duas semanas. Então entrou a professora Marlene, um doce de pessoa, inesquecível, e Ana seguiu feliz.
Aos 13 anos ela começou a trabalhar na empresa Calçados Wirth, iniciou passando cola e depois foi revisora. Tempos depois, saiu da empresa para trabalhar no atelier do marido, que se chamava Calçados Aninha. E o casal posteriormente teve outro atelier, chamado Mariana, mistura de Marino e Ana.
A veia empreendedora do casal fez com que investissem em um outro negócio também. Abriram um mercado na Avenida João Klauck, chamado Mercado Beira Rio, e nesse período continuaram com os dois negócios.
Quando se tornou mãe, Ana saiu do mercado para cuidar dos filhos e também aproveitou o tempo mais livre para ajudar sua mãe, dona Rosinha, a cuidar da avó Frida. Mais tarde, o esposo Marino decidiu vender o mercado. E, um pouco depois, fechou o atelier. Partiram, então, para um novo empreendimento, abrindo a Kasper Veículos, em 3 de fevereiro de 1998, uma empresa que rapidamente e por competência se tornou referência na venda de veículos na região.
Ana inicialmente seguia em casa, cuidando dos filhos, mas sempre foi o braço direito do esposo. E quando a funcionária que a Kasper Veículos tinha precisou se afastar do trabalho por conta de um problema de saúde, Ana assumiu seu posto ao lado do marido. Está lá até hoje e é responsável pela delicada e complexa parte financeira da empresa. A Kasper Veículos está localizada na Avenida 25 de julho, 493, no Centro de Dois irmãos, e hoje emprega oito funcionários.
Empreender nunca é fácil. Mas o casal trabalhou muito e sempre buscou oferecer o melhor atendimento e produto aos seus clientes. No começo, arriscaram bastante, pois não tinham como investir muito. Começaram pequeno e aos poucos foram conquistando a confiança de mais clientes, que passaram a fazer muitas indicações também, diz Ana. Além de trabalhar com um contínuo aprimoramento no atendimento e produtos, Ana e o marido também investiram mais no sistema de vendas e no controle.
E quando se solicitou que Ana definisse quem ela é, ela modestamente disse:
– Não acredito que seja alguém de tão grande importância. Acredito que sou como outras pessoas. Com defeitos e qualidades. Mas creio que cada pessoa tem um conceito diferente sobre nós. Por isso, cada ser humano é único.
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ANA CAROLINA BERLITZ KASPER
Empresária – Kasper Veículos
Esposa de: Marino Kasper
Mãe de: Renan e Rafael Kasper
Filha de: Cláudio Berlitz e Rosinha Catharina Berlitz
Neta de: João Aloysio Berlitz e Carolina Frida Lehnen Berlitz, e de Bruno Schmitt e Anna Paulina Schmitt