Por Alan Caldas – Editor
Fiz uma visita ao prefeito Jerri, dia desses, e pela primeira vez parei longamente em frente aquele Mural dos Prefeitos que tem no segundo andar, ao lado do gabinete do prefeito. Fiquei parado ali, observando detalhes das fotos de pessoas que administraram Dois Irmãos. Fotos históricas, agora. Fotos para a eternidade. E vi o olhar de cada um, analisei seus rostos, suas bocas, seus cabelos, suas fisionomias. E concluí: parecem todos grandes seres humanos!
E sei que realmente o foram, porque se hoje temos uma cidade boa de viver, trabalhar e criar filhos com respeito, segurança, fé e inspiração para o progresso, muito disso se deve para os que estão naquelas fotos e que, a seu tempo, auxiliaram a construir com inteligência e ética sólida o mundo coletivo bom que temos aqui.
Senti imensa alegria de ter vindo para Dois Irmãos e ter sido aceito e ficado aqui por, agora, quase 4 décadas das seis que já vivi. Que cidade incrível temos aqui!!! – eu pensei, olhando aquele quadro mural dos Executivos.
Olhando mais de perto, percebi na relação de prefeitos e vices que temos aqui um viés. Uma trajetória. Um modo de administrar que pode explicar o sucesso que nossa cidade se tornou desde 1959, quando se emancipou de São Leopoldo e virou município.
Esse viés, eu reparei, tem a ver com os vices, os que eram o “segundo em comando” de cada prefeito. Observe esses nomes das até agora 15 administrações de Dois Irmãos, e preste atenção nos “vices”:
Primeira gestão, Justino Antônio Vier e vice Walter Fleck.
Segunda gestão, Walter Fleck e vice Léo Klauck.
Terceira gestão, Léo Klauck e Norberto Emílio Rübenich.
Quarta gestão, Justino Vier e Felippe Seger Sobrinho.
Quinta gestão, Norberto Rübenich e Romeo Wolf.
Sexta gestão, Romeo Wolf e José Carlos Vier.
Sétima gestão, João Arnildo Mallmann e Renato Dexheimer.
Oitava gestão, Renato Dexheimer e Juarez Stein.
Nona gestão, Juarez Stein e João Arnildo Mallmann.
Décima gestão, Juarez Stein e Renato Dexheimer.
Décima primeira gestão, Renato Dexheimer e Gilberto Schäffer.
Décima segunda gestão, Miguel Schwengberg e Mauro Rosso.
Décima terceira gestão, Tânia Terezinha da Silva e Jerri Meneghetti.
Décima quarta gestão, Tânia Terezinha da Silva e Jerri Meneghetti.
E, agora, décima quinta, Jerri Meneghetti e Juarez Stein.
O que você repara aí? Eu reparei que aqui os “vices” fazem como que um “treino” com os prefeitos e depois acabam se tornando prefeitos também. Poucos não o foram. Felippe Seger, José Carlos Vier, Mauro Rosso e Gilberto Schaeffer foram os que não quiseram ir para prefeito. Mas todos os demais que eram, antes, vice, se tornaram prefeito.
É um “treino”, digamos. E quem treina, melhor faz. Como, aliás, a história de Dois Irmãos bem o confirma. Porque existem 5.500 municípios no Brasil, mas Dois Irmãos... ahhh, Dois Irmãos é DIFERENTE!