Por Alan Caldas (Editor)
Andreas Arnold nasceu em Dois Irmãos no dia 8 de março de 1971. Seus pais, Arnildo Roberto Arnold e Ilga Altenhoffen Arnold, eram agricultores na localidade de Batatenthal. Andreas teve 11 irmãos: Agnes, Nair, Iraci, Lucia, Ilse, Paulo, Sergio, Roque, Maria, Antônio e Valentim.
Ele estudou a 1ª série no Colégio Rui Barbosa, em Walachai, e caminhava diariamente 14 quilômetros. Em 1981, sua irmã Ilse já morava em Dois Irmãos e trabalhava na casa do senhor Antônio Nelson Schneider, e o Andreas veio morar com ela ali. Entrou na escola 10 de Setembro e cursou a 2ª e a 3ª série. Então foi para o Imaculada Conceição, cursou a 4ª e a 5ª série, e parou de estudar.
Aos 13 anos entrou na Empresa Wendling, como cobrador de ônibus e ficou por 7 anos. Aos 20 anos foi ser guarda no Banco do Brasil. Depois fez curso de extensão na área de segurança e se tornou guarda de carro-forte. Ficou 2 anos e, no terceiro, foi motorista de carro-forte por 3 anos.
Nessa época ele já estava casado. Se apaixonou pela Marilene Becker Arnold quando ela tinha 14 anos e ele 17. Ela pegava o ônibus e ele se encantou. Passou a vê-la na escola 10 de Setembro e um dia a convidou para ir de ônibus com ele de Nova Petrópolis até Porto Alegre. Nessa viagem começou o namoro. Casaram após 11 meses, no dia 28 de abril de 1990, ele com 18 e ela ainda com 14 anos de idade. O casamento foi celebrado pelo padre Luiz Pedro Wagner e pelo reverendo luterano Oscar Zimmermann. Tiveram dois filhos, o Matheus, de 24 e que é piloto da empresa Azul, e a Laura, de 22 anos, que estuda na cidade de Faro, em Portugal, e que no ano que vem graduará em biologia marinha.
Andreas seguia na Prosegur, que agora era em Porto Alegre, e Andreas ia e vinha em sua moto. Então a Jaqueline Lauxen, uma amiga da Marilene, perguntou “por que” o Andreas não ia trabalhar no Consórcio Herval. Marilene falou para ele e o Andreas disse que não tinha como trocar um emprego fixo e de carteira assinada, com FGTS, 13º, férias e tudo mais por uma aventura. E o assunto era para morrer ali. Mas, mesmo assim, o Andreas foi se aconselhar com o gerente dele na Prosegur e ele disse:
– Vamos fazer o seguinte: eu te demito, tu pegas a indenização e entra no seguro, vai lá e começa a trabalhar e se não der certo eu te recontrato aqui. E, além disso, vou te comprar um consórcio como forma de incentivo.
Andreas ouviu aquilo e foi como se o destino o tocasse. Voltou para casa e foi falar com o Paulets, o gerente de vendas do Consórcio Herval, que lhe fez a seguinte proposta:
– Olha aqui, Onôt, tu entras e tenta vender, e se não der certo eu falo com o Agnelo e te arrumo uma vaga como motorista de caminhão na Herval.
Andreas começou em 1999 e naquela época consórcio era só para eletrodomésticos, home theater, material de construção e motos. “Eram consórcios de valor baixo e se precisava vender muito para fazer um volume de ganho razoável”, lembra ele. Andreas nunca foi empregado do Grupo Herval, foi sempre corretor, e se não vendesse não teria salário. Mas arriscou. Vendia de porta em porta. E lembra que nos primeiros meses a Marilene ficou muito preocupada. “Eu não sabia o quanto ia ganhar e a gente tinha responsabilidades a pagar”. Mas ele não desistia.
Para se divulgar, ele, o Montanha e o Tavares, seus colegas do consórcio, começaram a fazer panfletagem em porta de fábrica, em posto de gasolina, em festas de igreja, nos Kerb, na Oktoberfest e onde quer que tivesse um evento lá estava o Andreas vendendo consórcio. Pegaram uma Saveiro e uma moto zero e iam em fábricas e em eventos, mostrando o que o consórcio poderia comprar. Conseguiram os calendários de eventos e a partir daí não tinha mais fim de semana sem atividade de venda.
O Consórcio Herval vendia bem porque a empresa era (e é) respeitadíssima, e as vendas foram acontecendo. Foram crescendo. E o Andreas foi se organizando. Quando entrou o consórcio de carros, Andreas lembra que o primeiro que ele vendeu foi para o senhor Delmar Hugentobler, na Oktoberfest de Igrejinha. E quando entrou a meia-parcela, que foi uma sugestão dos colegas Leandro Osório e Paulo Tavares, as vendas estouraram.
Hoje são 650 corretores e o Andreas é o mais antigo deles, já completando 24 anos na empresa. Ele não sabe exatamente quantos consórcios já vendeu, mas acredita que fique entre 4 e 5 mil ou mais. “Provavelmente mais”, diz ele.
Andreas se preocupa em dar um bom pós-venda aos clientes. Ele abriu o primeiro escritório em uma sala atrás da Difiori, próximo ao Palco Móvel. O segundo foi na rua Otto Engelmann, e, por fim, comprou de Ricardo Scholl, com intermediação de Luiz Henrique Birk, o prédio onde está agora, na Avenida São Miguel, 1313.
A esposa Marilene entrou na empresa e o escritório contratou mais pessoas. E Andreas foi organizando tudo para dar ao cliente atenção especialíssima antes, durante e após a venda. E é assim que Andreas tem clientes não apenas aqui na região como também nas fronteiras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e até fora do Brasil. “E a maioria dos novos clientes”, diz ele, “são por indicação de antigos clientes”.
Quando não está vendendo consórcio, Andreas adora ficar em casa. Tem uma chácara e cria cavalo, ovelha e galinha, planta e colhe alface, rúcula, pepino e legumes. Está com 52 anos, tem 1,79m de altura, pesa 94 quilos, calça 42 e seu sangue é A+. Gosta de bandinha. Sua bebida é cerveja, e se for vinho tem de ser colonial. Só lê notícias ou assunto relativo a consórcios. Sua comida é churrasco. Dorme pouco, atualmente, 5 horas se muito, e alega que “quem trabalha em venda quase nunca se desliga”.
Antigamente jogava como lateral esquerdo no União, no 7 de Setembro e no 11 de Maio. Mas trocou a bola pela bicicleta. Em 2021 fez 6 mil quilômetros pedalando e participou de um desafio de pedal de 300 quilômetros. Viajou com a esposa, visitando o Nordeste, Santa Catarina, Cancun, Punta Cana, e numa viagem de Bodas de Prata, nos seus 25 anos de casados, o casal foi para a Itália, visitando Roma, Veneza, Capri, Florença e Pisa. Na próxima, vai à Alemanha.
Andreas é organizado e disciplinado. Tem metas diárias, mensais e anuais que cumpre à risca. “As coisas têm de funcionar e preciso cobrar de mim mesmo”. Ele entende o básico da tecnologia. É homem de comunidade e apoia diversos trabalhos voluntários. Já esteve vinculado à política e até concorreu a vereador, mas agora nem partido tem.
Aos que pretendem seguir o caminho dele, Andreas recomenda caráter e muita responsabilidade. Diz que é preciso trabalhar com transparência e honestidade, e que não se deve jamais deixar de agradecer a todos que nos ajudam, porque nesta vida ninguém é uma ilha e cada um depende dos demais para ter sucesso.