Márcia Zimmermann Johann*
Inúmeras expectativas são criadas a cada virada de ano, sonhos são acalentados e metas estipuladas. Desta forma, a humanidade se organiza em uma certa rotina de vida, família, trabalho, amigos, estudo – não necessariamente nesta ordem - desempenhando determinado papel conforme o ambiente. E, de repente, são assolados por algo que gera mudanças significativas, expondo a fragilidade em um mundo do século XXI.
Fatos históricos, como a Peste Negra – século XIV – comprovam como as pessoas estão despreparadas para enfrentar doenças assim, pois, tanto tempo depois, com todo o progresso tecnológico, científico entre outros, percebe-se que ainda é necessária a evolução interior. É imprescindível um olhar mais atento ao que acontece no entorno. Perde-se muito tempo reclamando e, com isto, o mundo, de forma globalizada, não é observado. Carol Dweek, autora do livro MINDSET, a nova psicologia do sucesso (2019), articula sobre o mindset fixo, pessoas que apenas veem o problema, e a respeito do mindset de crescimento, quando elas evoluem e compreendem que podem extrair algo positivo de toda a situação apresentada.
O isolamento social significa a importância da prevenção da doença, mas também expõe a conexão com a família, a sintonia das pessoas com elas mesmas. Quantas vezes reclama-se da falta de tempo para realizar diversas atividades, como acompanhar os filhos em sua vida estudantil, mesmo que seja complicado por inúmeros motivos, fazer cursos online, meditar, ler entre outros afazeres. A família precisa fortalecer o alicerce para auxiliar seus filhos neste momento. 2020, mesmo de forma triste, apresentou esta oportunidade, sendo assim, há a necessidade de reinvenção. Quando as queixas forem substituídas pelo desejo de evoluir, a mudança começará, talvez mais lenta no início, mas depois seguirá seu rumo para o sucesso.
Pior será se a humanidade não aprender nada com esta catástrofe epidemiológica. Portanto, urgem transformações, tanto na vida pessoal como na profissional. O despreparo exposto neste momento precisa ser o norte para incitar a transformação de diversas formas.
(*) Márcia é professora da rede estadual há 24 anos, concursada desde 2002 e leciona Língua Portuguesa, Literatura, Inglês e Projeto de Vida (componente curricular novo), tanto no ensino fundamental como no ensino médio