Centro Espírita Em Busca da Luz – Dois Irmãos
A palavra destruição, num primeiro momento, nos leva a sentimento de perda, de dor, de eliminação e tantos outros de acordo com as vivências e experiências de cada um. Vamos olhar a natureza, não acontecem diariamente situações de destruição que, em essência, significam regeneração?
É com este olhar e sentimento de transformação que temos que viver as experiências da quarentena, nunca vivida pela humanidade, desta forma. Houveram guerras, outras pandemias, mas não éramos nós que estávamos presentes e administrando o sofrimento. Talvez até estivéssemos, mas, em outra personalidade. Deus é tão bom e perfeito que nos dá a bênção do esquecimento, ficando apenas armazenado em nossa essência espiritual a experiência do que foi vivido. O medo exacerbado é, provavelmente, uma situação vivida, porém, não consciente e devidamente resolvida.
Poderíamos perguntar por que Deus, bom, amoroso e justo permite que haja tanto sofrimento? Para nós, seres em desenvolvimento, ainda é difícil de entender que a dor é uma ferramenta pedagógica divina que nos leva para o aprendizado transformador. Claro que aprende quem se dispõe a aprender. É necessário a vontade de buscar respostas. Já ouvimos, e é verdadeiro, que todas as respostas estão dentro de nós, basta que façamos a conexão com o divino que está em nossa alma. Como? Orando, meditando, aceitando e nos submetendo, disciplinadamente, ao que nos é proposto pelos órgãos de saúde.
Na questão 740 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se os flagelos destruidores podem ser provas morais para a humanidade. A Espiritualidade superior responde que é ocasião de o homem desenvolver a inteligência, demonstrar paciência e resignação frente à vontade de Deus e oportunidade de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e amor ao próximo.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o espírita não faz apologia ao sofrimento, à dor. Não. O espírita, através da fé racional, pautada na ciência e fundamentada nos ensinos de amor do Mestre Jesus, busca entender, aprender e aceitar o que é proposto pelas leis do Senhor. Podem advir alguns questionamentos. Precisa ser espírita para entender e sofrer menos? O espírita vive no seu cotidiano o que lê e fala? Já respondendo, podemos afirmar que ter a informação, é fundamental e o início do processo, mas viver estes ensinos é o grande desafio para qualquer ser humano. Viver o bem e conectar-se a Deus, independe de doutrina ou credo, é para toda a humanidade.