(*) Por Ademir Klauck
A tecnologia está avançando cada vez mais rápido, e 2020 apesar de um ano atípico causou uma explosão tecnológica, não de novas tecnologias, mas um uso absurdamente rápido de tecnologias que eram usadas com parcimônia e só por quem realmente precisava.
Videoconferências não eram novidade há muitos anos, mas você, que nunca pensou em entrar numa videoconferência, provavelmente foi obrigado a descobrir como fazer ou participar de uma, seja com sua família, escola, trabalho, coral.
Dizem que uma das frases mais ditas durante 2020 foi: “Está me ouvindo?”, frase repetida várias e várias vezes nas mais diferentes reuniões on-line. Mas nesta explosão que nos trouxe vários problemas como habilitar microfone, câmera, celular/computador mais potente, também pudemos ver muitas cenas hilárias, como pessoas aparecendo em vídeo de toga e roupa de baixo (cenas que até então só eram vistas em programas de humor), adolescentes tendo entretenimento pessoal durante uma aula, sem perceberem que o vídeo estava sendo transmitido para toda a escola, entre outras.
Tivemos que descobrir limites da tecnologia ao tentar fazer música durante uma videoconferência, utilizamos ferramentas existentes de formas diferentes às quais elas estavam destinadas, tudo para conseguirmos manter viva uma sociedade em distanciamento social. Assim como os jovens moderninhos que conseguiram dominar a tecnologia rapidamente, vimos pessoas que tinham dificuldades em dominar a arte da ligação telefônica pelo celular descobrirem a vídeo-chamada de uma hora para outra.
Tudo isto acontece, não é porque uns são mais espertos que outros, é porque como melancias em um caminhão, precisamos de algum tempo para acomodar novas práticas na nossa vida, tempo que não tivemos com o advento da pandemia. E, ao contrário de alguns países que têm internet ultra rápida há vários anos, aqui estamos ainda tentando entregar internet para todos.
As ferramentas tecnológicas hoje são tão necessárias quanto a enxada já foi no passado para a maioria. O importante é querer aprender a usar estas novas ferramentas, sem medo. Quem enfrentou 2020, já está pronto para o próximo desafio.
(*) Ademir Klauck é regente do Coral Santa Cecília, de Dois Irmãos, regente do Coral Entretantos, de Novo Hamburgo, e Diretor da PK INFO