Pa. Cláudia P. S. Pacheco / Comunidade Evangélica – IECLB
“E quem der a beber ainda que seja um copo de água fria,
a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo,
em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão”. Mateus 10.42
Sabemos que Jesus chamou os discípulos e deu a eles a missão de anunciar a chegada do Reino. Eles deveriam falar dele, mas também fazer os seus sinais: curar enfermos, ressuscitar os mortos, purificar leprosos e expelir demônios (Mt 10.8). Nisto se inspira a igreja: não somente falar, mas também agir. Nada passa desapercebido aos olhos de Deus, também aquele que for solidário com seus discípulos receberá sua recompensa. Às vezes, pensamos que as coisas de Deus são coisas espirituais. Mas, não poderemos espiritualizar sem corpo. De fato, o Reino é um sonho de Deus que se concretiza. Jesus nos mostrou. A igreja é chamada a anunciá-lo, mas ela não faz sozinha os seus sinais. Um copo de água oferecido ao missionário que caminha, ajuda a Palavra ser pregada mais adiante. O Reino tampouco é das igrejas, ele é de Deus e, portanto, se estende ao mundo para que as pessoas experimentem uma nova e boa realidade. Por isso, se faz importante o ecumenismo e a unidade, como disse Jesus, para que o mundo creia.
O Pastor Leonídio Gaede, pastor da IECLB, trouxe um exemplo muito interessante ao ilustrar a mensagem do evangelho, disse ele: “Um banquinho de três pernas não se torna manco em chão irregular”. O mundo é vasto e cheio de problemas, se parece mesmo a um chão irregular. Para um chão assim o que melhor se assenta é um banco de três pernas. Falar do Evangelho neste nosso mundo implica três coisas: “Viver o reino, falar que ele existe, produzir os seus sinais”. Andar em novidade de vida, anunciar que é possível uma novidade neste mundo velho, e mostrar os frutos e as possibilidades. O Reino já está aqui, Jesus nos mostrou. Deus manifesta o seu poder neste mundo, o sentimos. Contudo sabemos que há resistência em aceitá-lo, por isso ainda não o vemos em plenitude. Eis a razão para que trabalhemos juntos, enquanto membros de diversas igrejas, neste chão irregular.
Lembremo-nos, em nossas orações, das pessoas que, na linha de frente dessa batalha pandêmica, não perguntam pelas diferenças de fé ou de etnia, simplesmente oferecem sua ajuda e seu apoio, o seu copo de água. Que bom que nada escapa aos olhos de Deus.