Por Alan Caldas (Editor)
Márcia Elisabete Mallmann nasceu no Hospital Geral de Novo Hamburgo, às 2h15 do dia 22 de junho de 1970. Filha de Ivoni Elisabeta Mallmann e de Affonso Roque Mallmann, ele teve apenas dois irmãos: Marcelo Evandro, o mais velho, e Daniel Mallmann, o mais novo.
Seu pai, Affonso, tinha 29 anos quando ela nasceu, e faleceu aos 79 anos. Ele era de Morro Reuter e trabalhava como motorista de caminhão. A mãe de Márcia, dona Ivoni Elisabeta, teve Márcia aos 26 anos e faleceu jovem, aos 67 anos. Era dona de casa e Márcia a recorda como uma cozinheira espetacular e ótima costureira. A perda dos pais causou um forte abalo em Márcia, pois ela tinha excelente relação com ambos e ainda hoje sente muitas saudades e a presença deles continua forte em sua vida.
Seu avô paterno era Pedro Mallmann, seminarista, empresário e agricultor, mas Márcia tinha apenas 8 anos quando ele faleceu. Apesar disso, ela tem a inesquecível lembrança do avô sempre sorridente, com seu papagaio de estimação dizendo algumas palavras e alegrando a família. Sua avó paterna, dona Maria Rosalina Mallmann, era dona de casa e teve 13 filhos. Márcia só a conheceu pelas memórias que os pais lhe contavam sobre ela, pois faleceu antes de Márcia nascer.
O mesmo aconteceu com seu avô materno, Jacob Scheid, que faleceu antes de Márcia nascer mas que, nas memórias da família, todos falavam que ele tinha uma fábrica de manteiga quando conheceu a esposa e que morava em Dois Irmãos. Já a avó materna, Luduwina Scheid, Márcia recorda que só falava alemão e era costureira de sapatos. Esses avós se casaram já mais maduros, tendo a avó 40 anos e o avô 53, e essa é uma lembrança da família toda pois na época as pessoas normalmente casavam mais cedo.
Da avó Luduwina a neta guarda lindas lembranças, como, por exemplo, a da avó rolando na grama e brincando de lutinha com seu irmão mais velho, Marcelo. Quando fala dela, os olhos da Márcia brilham na alegria das lembranças. E ela recorda que quando a avó ficou internada no hospital e estava mal, ela queria muito ver uma cachorrinha que a Márcia tinha. Naquela época, cachorro em hospital, nem falar. Mas isso não impediu a Márcia de fazer a vontade da avó querida, pois ela entrou no hospital levando o bichinho bem escondido debaixo do casaco e quase vai às lagrimas ao lembrar a alegria da avó Luduwina ao ver e poder tocar o animalzinho.
As histórias de família povoam a mente da professora Márcia. Ela, por exemplo, não conheceu o materno, mas sabe que ele gostava de jogar cartas de tarde no Armazém Scholles. E guardou em sua memória uma história que contam sobre ele. Certa vez o avô foi em um potreiro, no bairro Travessão, e viu uma cobra. Imediatamente cortou a cabeça do bicho, com um golpe certeiro, mas assim que cortou a cabeça da cobra sumiu. Ele procurou por todo lado e nada de achar a cabeça da cobra. Por fim, desistiu e foi embora. Mas quando chegou em casa e tirou seu chapéu, viu que a cabeça da cobra estava grudada ali. Se assustou. E a lição que tirou daquilo e que veio sendo contada pela família toda, foi que nunca se deve cortar a cabeça da cobra.
Márcia teve seis tias e seis tios paternos, e todos foram seminaristas e pessoas com bom destaque na comunidade. Um de seus tios, João Arnildo Mallmann, foi prefeito de Dois Irmãos e, posteriormente, foi igualmente vice-prefeito, nas gestões 1989/1992 e 1997/2000.
Pelo lado materno, ela teve uma tia, Aneci Scheid. De origem católica, os avós tinham o hábito de ir à missa em Morro Reuter e os pais de Márcia frequentaram por um tempo a igreja em Dois Irmãos. A partir de 1974 passaram a frequentar em Novo Hamburgo. Todos os seus tios paternos foram seminaristas. Um foi padre e uma tia foi freira, mas depois saíram para se casar.
Vida familiar e pessoal
Márcia se divertiu muito na juventude com os amigos. Tinham sempre um programa de domingo, que era ir na Sorveteria da Mônica em Novo Hamburgo. Aos 18 anos ela começou a ir a bailes e boates com a turma de amigos e amava frequentar os bailes da Glamour Girl, o baile de debutantes em Novo Hamburgo, que eram os bailes mais elegantes da cidade.
Entre as lembranças que guarda com carinho desta época da juventude está a da sua querida mãe os aguardando chegar em casa, de madrugada, depois das festas, para servir pão de queijo a todos, feito na hora, bem quentinho e reconfortante. Pela manhã, a mãe a acordava com o chimarrão, para Márcia poder contar para ela como tinha sido a festa. Eram muito amigas. E grandes parceiras.
Aos 27 anos, em 1997, Márcia se casou. Mas separou em 2004. Sem filhos por opção, afirma que se espelhou muito em uma prima que também não teve filhos. Hoje Márcia tem um novo companheiro, Roberto Baum, que também é seu sócio na Cult Escola de Idiomas.
Para manter a forma e a saúde, ela faz musculação cinco vezes por semana. Disciplinada como toda boa professora, Márcia acorda cedo, às 5h, e vai treinar às 6h. É uma rotina que pratica desde os 21 anos, e que lhe ajuda a ter um melhor rendimento e desempenho no seu dia.
Márcia foi uma das fundadoras do Lions Club Dois Irmãos, mas saiu por conta de sua agenda de trabalho. Segue, porém, sendo uma pessoa com grande senso comunitário.
Entre as lembranças que tem do pai está a de viajar com ele de caminhão, conhecendo vários lugares do Brasil. Em viagens internacionais, Márcia fez intercâmbio na Inglaterra e também foi a trabalho para os Estados Unidos, além de, a passeio, ter conhecido França e Uruguai.
Estudo e trabalho
Márcia começou a estudar com 5 anos na escola municipal Jacob Kroeff Neto, em Novo Hamburgo, e recorda que antes das aulas iniciarem a professora Diana foi visitar a casa de todos os alunos, para conhecê-los um pouco mais. E essa professora teve grande importância no seu futuro, pois contava muitas histórias e, na didática, usava um fantoche com corpo de coelho que a Márcia nunca mais esqueceu.
A partir da quinta série até completar o Segundo Grau ela estudou na Escola Estadual 25 de Julho, em Novo Hamburgo, onde cursou o Técnico em Tradutor Intérprete. Nessa época o Vale dos Sinos respirava exportação de sapato e Márcia, até por estar cursando o Tradutor Intérprete, sonhava em trabalhar com exportação.
Aos 17 anos trabalhou no Banco América do Sul e a seguir entrou em uma companhia de exportação, mas ficou por apenas oito meses pois a empresa fechou.
Nessa época o destino a encontrou. E, por sugestão de uma prima de sua mãe, ela iniciou a faculdade de Letras - Português, Inglês e Literatura, na Unisinos. E ali Marcia encontrou seu caminho, pois a faculdade lhe apresentou seu destino, visto que a partir de então toda sua vida profissional foi dedicada ao ensino.
Começou na escola de idiomas New York. Dava aulas particulares de inglês em sua casa e aulas de Português, Inglês e Literatura na Escola Affonso Wolf. Ao mesmo tempo, lecionava na Escola Sagrado Coração de Jesus, em São Leopoldo.
Também lecionou nos colégios São Luís e Sinodal, em São Leopoldo, e também deu aulas no Yazigi. No meio do caminho profissional, Márcia também fez de uma grande paixão, o crochê, um negócio, e mantém um curso on-line e uma empresa de bolsas de crochê.
Em 2001 decidiu abrir uma franquia do Yazigi em Dois Irmãos, sob os conselhos de sua antiga chefe, Fredericke Ramos. A franquia foi aberta com a parceria de outras duas sócias: Jaqueline Dias, sua mentora e que permaneceu durante um ano, e Rosângela Dienstbach, que permaneceu na escola de 2002 a 2006. Após esse período, em 2014, seu companheiro Roberto Baum entrou como sócio.
Dar aulas é diferente de administrar empresa de educação. E, no início, para superar a inexperiência em gestão de negócios, Márcia fez a lição de casa e buscou aprimoramento, cursando pós-graduação MBA em Gestão Empresarial. Hoje a escola se chama Cult Escola de Idiomas, tem imensa respeitabilidade entre os alunos e é destaque no ensino de línguas na cidade e região.
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MÁRCIA ELISABETE MALLMANN
Empresária - Cult Escola de Idiomas
Companheira de: Roberto Baum
Filha de: Affonso Roque Mallmann e Ivoni Elisabeta Mallmann
Irmã de: Marcelo Evandro Mallmann e Daniel Mallmann
Neta de: Pedro Mallmann e Maria Rosalina Mallmann, e de Jacob Sheid e Luduwina Scheid