Por Alan Caldas (Carcasonne - França)
Olha só isso:
É na cidade medieval de Carcasonne, na França, dentro do castelo, construído quase 3 mil anos atrás e que tem lindas 52 torres cônicas e é cercado por mais de 3 quilômetros de muralhas altíssimas.
Este lugar sofreu ataques e muitas guerras pelos séculos.
Durante centenas de anos a morte era a certeza diária dos seus moradores, sempre tensos com o próximo ataque. E aqui ninguém dormia em paz.
Depois, veio a violência da Inquisição, na Idade Média. Torturas diabólicas praticadas em nome de Deus por fanáticos religiosos.
O museu da tortura inclusive está aqui na cidade histórica, que fica dentro do castelo, e ainda hoje faz tremer pela crueldade das “penas divinas”.
Há quem diga que aquelas almas, submetidas a monstruosidades inenarráveis, ainda penam por aqui, perdidas na sua dor e infâmia.
O local, porém, dentro do castelo é lindo.
Hoje é Património da Humanidade e se presta às selfies, que são feitas aos milhões pelos turistas que se acotovelam nestas ruelas e casas com mais de dois mil e quinhentos anos de construção.
Bares, restaurantes, lojas, tem de tudo dentro do Castelo de Carcasonne.
A grande contribuição culinária deste povo de Carcasonne ao mundo da culinária mundial foi o Cassoulet. É um tipo de feijoada, feita com feijão branco e vários condimentos confitados.
Narra a lenda que a área foi cercada na Guerra dos Cem Anos pelos ingleses e ficou semanas sem abastecimento.
Para não passar fome, a população fazia ensopados com tudo que houvesse a disposição: feijões brancos (típicos da agricultura local), porcos, aves, legumes, etc. ... e assim nasceu um dos pratos mais tradicionais da gastronomia francesa, o cassoulet.
Como todos que batem aqui nessa porta, histórica, também eu sai numas fotos.
E olha isso:
A Angela me tira essa foto, e, ali atrás, uma “pessoa” vai passando na mais impressionante forma de fantasma.
É um efeito de imagem é óbvio. Mas, para quem acredita em fantasmas ou espíritos perambulando para lá e para cá, essa foto é um prato cheio para um arrepio na espinha ...
Hê hê hê ...