Por Alan Caldas (De Alexandria - Egito)
A nova Biblioteca Alexandrina foi inaugurada em 2002 e é a maior do Egito. Ao preço de 65 milhões de dólares ela se tornou uma casa de cultura referência no norte da África.
Não fique aí pensando que ela tem o mesmo estilo da antiga Biblioteca de Alexandria, fundada 300 anos antes de Cristo a mando de Alexandre O Grande. Cada obra manuscrita que chegava ao porto de Alexandria era obrigatoriamente copiada e passava a integrar o acervo, sendo o original devolvido ao dono. Aquela durou 600 anos e foi incendiada perto do ano 300, já na Era Cristã. Mas dela quase nem sobraram vestígios. Esta atual tem 70 mil metros quadrados de área útil. É em arquitetura de estilo contemporâneo.
Não é só um local de livros, porque livro precisa ter festa e movimento para ser atraente. A biblioteca anterior teve a “mão” de Alexandre, Ptolomeu, Dhemetrius, e tinha vários laboratórios, jardim botânico, zoológico, um observatório astronômico e tentava rivalizar em filosofia com a Escola de Atenas, difundindo o platonismo e o aristotelismo. Esta nova Biblioteca de Alexandria ainda segue tendo obras raríssimas em seu acervo de quase 2 milhões de livros. E tem, também, museus, auditórios, laboratórios e um planetário.
É um passeio magnífico e cultural.
Se você assim como nós é aficionado pelos livros, culturas e afins, reserve pelo menos 4 ou 5 horas para ficar lá. E vai adorar. O ingresso é 70 liras egípcias e não abre às sextas-feiras, pois a sexta é o dia sagrado dos muçulmanos.