Pa. Cláudia P. S. Pacheco / Comunidade Evangélica – IECLB
“Certo dia Jesus havia se retirado para orar.
Após terminar, um de seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar”.
Lucas 11.1
Senhor, ensina-se a orar,
como a andorinha ensina seus filhotes a voar,
como a pata ensina seus patinhos a nadar,
como a mãe ensina seu filho a falar.
Perdoa-me, Senhor:
Falo muito na oração,
em vez de ouvir o que tu falas.
Não tenho paciência
para esperar por tua resposta.
Ainda não compreendo
que tu me deste mil coisas que necessito,
antes que tivesse orado por elas.
Perdoa-me, Senhor.
Dá-me, Senhor, um filtro para a minha oração
que retenha as preces que a ninguém ajudam,
que impeça as preces egoístas,
que controle as preces que querem fugir da realidade.
Tira de mim, Senhor, minha hipocrisia:
Eu oro pelos famintos,
mas não estou pronto para repartir com eles
o que tu me deste.
Oro pelos doentes,
mas não reservo nenhum tempo
para sentar junto ao leito de um deles.
Oro por libertação do pecado,
mas não estou pronto para dizer a outros
que és tu quem liberta.
Tira de mim, Senhor, minha hipocrisia.
Dá que minhas orações sejam um veículo
que nos leve da escuridão das dúvidas
à luz do conhecimento,
que nos tire do lamaçal da fraqueza
e nos leve para a rocha da força,
que nos tire do deserto da tristeza
e nos leve às pastagens da alegria.
[de Johnson Gnanabaranan. Senhor, renova-me. Reflexões. Ed Sinodal]