Por Alan Caldas (Pompeia - Itália)
Fundada no século VIII a.C. Pompeia era rica e tranquila. E assim viviam seus 20 mil habitante até o dia 24 de outubro do ano 79 d.C.
Nesse dia, o Vesúvio pôs fim a cidade, cuspindo sobre ela mortais seis metros de material vulcânico.
Parte escapou. Mas 1.500 perderam a vida soterrados por pedra e cinzas ou morrendo sob efeito dos gases mortais da erupção.
Casas, edifícios públicos, anfiteatro, bares, locais de banho, bordéis, tudo ficou coberto por 6 metros de detrito vulcânico.
Até ali Pompeia era polo comercial, exportava vinho e azeite.
Famílias ricas moravam em vilas que se visita nas ruínas. Na cidade e em pequenas casas residiam pessoas humildes, como lojistas e artesãos.
Pompéia tinha fornos, tabernas, bares. Vida intensa. E, na época imperial, era repleta de bordéis, vinte e cinco, precisamente. E via serem construídos novos edifícios, termas, Fórum, Basílica, anfiteatro e tudo mais.
A vida dos pompeienses seguia feliz e em acelerado progresso. Mas essa prosperidade estava destinada a um final trágico.
O anúncio ocorreu no ano 62, quando a cidade tremeu num terremoto e vários edifícios foram ao chão. Começava ali a atividade sísmica do Vesúvio.
Moradores e governo ainda estavam reconstruindo a cidade quando, 17 anos depois, uma fumacinha fina apareceu no topo do Vesúvio. Era o dia 24 de outubro do ano 79, dizem estudiosos.
A fumaça persistiu e se expandiu. Os moradores começam a sentir cheiro de enxofre. A fumaça virou nuvem e pessoas começaram a desmaiar.
A correria começa. O chão treme e, no vulcão, começa uma explosão violentíssima.
Em poucas horas Pompeia inteira é coberta por 6 metros de um mortal manto de material vulcânico.
Grande parte dos habitantes escapa. Mas 1.500 perderiam a vida naquele dia 24 de outubro do ano 79 d.C.
Em 24 horas a próspera, produtiva e desenvolvida Pompeia deixava de existir. Permaneceria enterrada até o ano 1.748, quando começaram as escavações. Mas hoje 25% dela ainda está soterrada. Por 18 euros se visita as ruínas.
Nos últimos 150 anos e ao lado das ruínas surgiu sem medo uma nova Pompeia. Outra vez progressista. Outra vez com 23 mil habitantes.
E o Vesúvio?
Segue ali. Outra vez em silêncio. Mas poucos acreditam que ficará assim para sempre.
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FOTOS
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Quando escavaram as ruínas encontraram cinzas e fizeram moldes de como teriam sido encontrados os que morreram na explosão do Vesúvio. Não são corpos, são moldes de como estavam, e se pode ver no museu, dentro das ruínas
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No centro do Fórum, que era onde a vida comercial, política e econômica de Pompeia ocorria, a imagem do Centauro recupera a grandeza daquela época que, em poucas horas, foi banida para sempre pela erupção do Vesúvio
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Atração máxima da nova cidade de Pompeia, as ruínas recebem diariamente milhares de turistas que pagam 18 euros para ver a antiga cidade de perto
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Arqueólogos seguem escavando minuciosamente o solo de Pompeia, pois 25% do que ela era ainda está sob escombros