Por Alan Caldas – Editor
E qual é a jogada?
Se me perguntassem o que fazer, diria:
– Vamos rezar para ele, porque a Terra “se levantou” e está como que assumindo a mente das pessoas. Não só das crianças e jovens, a ela sempre tão suscetíveis, mas aos adultos e idosos, também, que começam a tropeçar no Ter das coisas do mundo e esquecem-se do Ser, que é onde está a concreta felicidade e segurança.
O bispo Dom João Francisco Salm vai precisar de força, carisma e muuuuita meditação reflexiva para compreender essa apologética que está nas mentes, neste momento. Sinto uma tensão materialista cada vez mais forte nas pessoas. Infelizmente. Temo pelo efeito “europeização” da fé, no Brasil. Um esfriamento que leva ao afastamento e às igrejas vazias da Europa. Afastamento que se percebe em muitos nesse não querer voltar ao convívio da fé, neste quase pós pandemia.
Quem conhece a história, sabe que já tivemos momentos em que o “cientificismo” e mesmo o “psicologismo” como que se apoderaram do coletivo e Deus quase que foi tirado de campo. Felizmente, cérebros com luminosidade começaram então a filosofar. A mostrar que o ser-aí, que é essa nossa vida em fenômenos permanentes, nem de longe é explicado plenamente a não ser pelo “mistério” que sobrevive na harmonia que nos envolve. Harmonia que vemos, mas que não conseguimos explicar, embora qualquer um de nós ao fechar os olhos e calar a mente a sinta como presença divina do todo que nos cerca.
O que vai acontecer?
Não sei. Mas sei que o bispo tem uma tarefa duríssima pela frente.
A fé é só com a fé que se a nutre.
Então, penso que todos que acreditam na importância de ter-se uma religião organizada e próspera, agora deveriam começar a rezar intensamente para que a Igreja se compreenda e se regule ao Tempo neste já (Grazie Dio) quase pós pandemia.
Sem a fé nutrida... sei lá!