Por Alan Caldas (De Gizé - Egito)
Visitamos o Parque das Pirâmides de Gizé. Estamos ao lado dele. O parque é grande e abriga:
– A Pirâmide de Quéops (ou Khufu)
– A Pirâmide de Quéfren (ou Chephren)
– A Pirâmide de Miquerinos (ou Menkaure) e
– A Grande Esfinge.
Antes de entrar se mostra o passaporte, se estrangeiro. Ou identidade, se egípcio. Só então se pode comprar o ingresso. Existem três tipos de ingressos. O para ver pirâmides e esfinge. O para ver o museu. E o para entrar na grande pirâmide. O pacote todo fica mais ou menos 100 reais por pessoa. Pagou. Entrou. E pronto: lá está a gigantesca pirâmide de Quéops.
É imensa, ela. É assustadora de tão grande. É pedra sobre pedra, vinda sabe-se lá de onde. Pedras enormes geometricamente elevando-se majestosos 140 metros céu acima. É linda. É estranha. É desafiadora. Você olha ela. Caminha por ela. Sobe nela até onde deixam. E fica pasmo. Eu fiquei pasmo. E fica feliz também, porque por mais que olhe e pense e calcule, você não consegue concluir coisa alguma do que vê. Um aviso que todos dão: se você tem claustrofobia não entre na pirâmide. É apertado. A escada se sobe de quatro. E é escuro. Além disso, lá dentro a sala é vazia. É só pedra. A arte já aconteceu. Não é para amador.
Da pirâmide em diante o cenário é 100% incrível por várias razões.
O sol e o calor por exemplo são inclementes. Hoje estava 35 graus. E zero nuvem no céu. As distâncias a percorrer são enormes no parque. É quente. Tem muitos cavalos e camelos. É uma barulheira. Você quase vira beduíno. Para andar por lá e já que a estrada é longa e sofrida, eles oferecem vários transportes. Oferecem camelos. Oferecem cavalos. Oferecem charretes. Oferecem táxis.
Mas nós fomos a pé mesmo. Gostamos de olhar, de parar, de apreciar detalhes. E a pé é muito melhor. Se anda muito, é certo. Ao final, quando terminamos o passeio e retornamos ao hotel, o marcador de caminhadas do meu celular registrava 10,5 quilômetros percorridos. E no sol escaldante. No parque tem o caminho asfaltado. E tem o caminho de deserto. Você escolhe. A terra ao lado do asfalto é o deserto. E o deserto é magnífico. É uma mistura de areia, de terra, de pó, de pedras e de ondas de calor. E o calor é intensíssimo. Além disso, o local fica lá no alto. E sopra um vento. E com o vento vem poeira. Vem areia. Vem terra. E vem mais calor. É duro caminhar por lá. Mas é lindo. E tudo faz parte do passeio. Relaxe e aproveite.
A última coisa que se vê é a esfinge. É que ela fica praticamente na saída. E há sempre um volume enorme de pessoas por perto dela. Não dá mais para tocá-la. Mas se vai bem pertinho. E é enorme e linda, ela. Apesar dos milênios, está super conservada. Dá gosto de ver o tempo. Dá um impacto na emoção chegar pertinho dela. É magnífico. É emocionante. Você ri à toa. É muito bom estar ali, você conclui quando está saindo do parque. É muito bom. Muito, muito bom.